terça-feira, 17 de julho de 2012

Um dia (estranho) de muita chuva (e culpa)

Imagem daqui
Hoje deve ter começado a chover lá pelas duas da manhã. Acordei às 4h e lá estava o temporal. Saí atrasada, às 5:40h e lá estávamos nós: eu, sombrinha, pasta preta com livro+caderneta+lápis+caneta, marmita na bolsinha chique, mochila dourada (perua-brega-e-hiperfuncional) e ... chuva de vento! Perdi meu busão. Troquei de parada e peguei outro para outro bairro para então pegar o ônibus que me levaria ao trabalho. Esqueci os óculos em casa, assim como as chaves. E se não tivesse ninguém no ponto? Simples, eu pararia todos os ônibus até enxergar o meu. Tudo certo.
Havia ajuda nas duas paradas. Do primeiro ônibus desci pela frente mesmo, sem conseguir nem alcançar o cobrador, de tão cheio que o bendito estava. Sim, sou equilibrista, além de outras coisas, então tirei de letra aqueles homens gigantes e suas mochilas no chão. Ou vocês pensam que a turma do comércio é que pega busão às 6 da matina?
Passou correndo um homem usando uma jaqueta amarela dos Correios com a marca SEDEX. Achei aquilo tão interessante, parecia propagando aquele homem correndo na chuva, como se fosse entregar uma encomenda. Viram? Eu ainda estava bem.
A coberta da parada serve para dias de sol e para enriquecer seu fabricante, mas não funciona em dias de chuva. Até aí eu estava molhada dos joelhos até os pés e toda a bagulhada que eu levava, é claro. Entrei no ônibus, que não demorou muito, sentei, paguei, beleza! DE REPENTE JORRA ÁGUA DE DEBAIXO! O miserável estava quebrado, rasgado, sei lá, e quando passava numa poça a água vinha de baixo como um jorro de vulcão. Caí na risada, aquilo não era possível, eu consegui me molher de baixo para cima até a cintura! Troquei de assento, taquei o protetor auricular (nova mania) e pus-me a ler Culpa de Mãe, que ganhei da escritora e blogueira Vanessa Anacleto.
Capa do livro
Havia levado outro par de sandálias na bolsa, mas não pensei na roupa, porém como ia à academia mais tarde e estava com a roupa de malhação. Ótimo. Chego 1 hora antes da maioria, coloquei a saia atrás da geladeira, meti a bermuda de malha e fui me esconder na sala de colegas, já que a minha tem janela. A copeira e anjo-da-guarda, D. Biu, quando soube do meu drama entrou lá com ferro de passar e salvou meu dia frio. Pensei: não pode acontecer nada de pior, neh? Daí recebo uma mensagem de uma amiga dizendo que não poderia ir comigo ao show do Lenine em Garanhuns, na próxima sexta. Fiquei down. Ok. Vai ficar por aí, neh?
Ao sair às pressas esqueci o celular e a sombrinha. Não fui à academia, cheguei em casa pingando do banho de chuva e foi então que soube que uma bala atingiu a janela do nosso quarto. Não sabemos nada além disso. Nosso bairro costuma(va?) ser tranquilo então amanhã devemos ver alguma notícia jornalística sobre o que pode ter acontecido.
Mas o pior de tudo ainda não é nada disso, mas A CULPA DE MÃE que eu, a madura-descolada-modernésima estou carrgando por causa desse show do Lenine. Eu adoro o Lenine e nunca fui a show dele. Quando saí de Recife e voltei para Maceió jurei que só assistir a um show dele em Pernambuco e agora chegou a hora...Paulo não quer ir, vou sozinha...mas cadê o desprendimento da maturidade do alto dos meus 40 anos!? Alguém viu? Peraí: Lenine e Milton Nascimento. Ou seja, imperdível. E em Garanhuns, cidade com a qual tenho uma história de amor de anos. Fico assim quando vou viajar a trabalho e agora acho que estou assim porque vou me divertir sem ela. Sinceramente! Vanessa, amore, tamos aí pra mandar material para o Culpa de Mãe II, visse?
Lenine cantando Paciência. Então ta!

Um comentário:

Vanessa Anacleto disse...

Menina, que dia ! E vê como eu não invento nada, a vida é assim, essa loucura! Beijos