domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um mundo para além de Marina

A atriz Denise Fraga escreve p/ a Revista Crescer e dia desses abordou o mesmo assunto. Enjoada das festas de Buffet, resolver fazer em casa - e foi um desastre. As crianças não sabiam brincar, de repente o filho dela chegou chorando com a bola de futebol na mão dizendo que "eles pegaram meu playstation". Ela fez questão de fazer docinhos e seguir aquele ritual todo de antigamente, as amigas e irmãs a chamaram de louca por "querer" aquele trabalho todo. Ela disse que foi mesmo um trabalhão, um desastre até certo ponto, mas disse que não desistiu e fará uns ajustes e tentará de novo.


Paulo e eu fomos comprar umas roupinhas para Marina. Lá pelas tantas, depois de uma hora olhando as opções e quase escolhendo, observei nosso "perfil" em relação a essas compras: priorizamos roupas confortáveis e sem imagens da moda, tipo Barbie, Moranguinho, Pucca e sei mais lá quem. E fujimos do cor-de-rosa.

(Assim como a Denise) Paulo e eu acreditamos que as escolhas que fazemos para Marina a ensinam, sim. Entregam a ela um tipo de mundo. Esta semana eu estava forrando a cama (ela junto, claro) e quando viu que uma parte do lençol ficou dobrada correu p/ lá e me perguntou "Zuda, mamãe?" "Sim, Marina, ajude". Ela e o pai saíram às compras e ao descerem do carro o pobre ficou naquela de equilibrar compras, chaves, Marina, mochila, boneca...qdo tirou as sacolas do carro, Marina repetiu o gesto e assim que percebeu a necessidade dele, ofereceu ajuda. Em casa, Paulo e eu vivemos "Quer ajuda?" ou "ajuda aqui" um com o outro e é nesse mundo que nossa filha está inserida. O mundo lá fora é assim? Acho que nem sempre, mas espero que Marina, assim como Paulo e eu, seja disposta a modificá-lo.
Texto escrito em 30-12-2010, em resposta a um e-mail de Nana.

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