Nem pensei em comprar presente para Marina, isso realmente
não faz parte da nossa família, mas eis que o Circo Portugal lançou uma
promoção IMPERDÍVEL para este mês e como nos deram boas referências, resolvi
chamar minha mãe para irmos com as gêmeas e Marina. Nada me faria ousar ir ao
circo ou cinema ou praia no Dia das Crianças, feriado para mim não combina com
filas nem com barulho nem com trânsito lento. Então, fomos no domingo e ainda
assim, olha a fila!
Há muito tempo não ia a circo, embora tenha lembranças
deliciosas das vezes em que minha mãe nos levou a circos ótimos. Como minhas
sobrinhas eram medrosas nunca foram, mas agora, já grandinhas, quiseram ir e
ainda levaram Alice, uma vizinha-amiguinha.
Comi algodão doce (achei horrível, como é que eu achava tão
bom, hein?), minha mãe comprou uma lembrancinha inútil e eu comprei um
palhaçozinho para a Marina, um pequeno fantoche, já que disso nós brincamos
mesmo. O que eu queria dizer é que acho que um grande percentual do lucro do
circo vem dessas vendas “ambulantes” (sou contadora e descendente de judeus,
não consigo evitar pensar nisso), pois o brinquedo da Marina é todo de material
descartável e paguei R$ 5,00 quando não deve ter custado R$ 0,50. Minha mãe
comprou uma boneca de bola de sopro R$ 2,00 e qualquer lanche custava R$ 4,00 –
pipoca, algodão doce, crepe, refri, batata frita, água, qualquer coisa era esse
preço. É impressionante como eu não tinha a mínima lembrança dos ambulantes,
mas recordava nitidamente dos brinquedinhos, que eram outros “na minha época”,
mas creio que igualmente atrativos.
Sobre o espetáculo, não trouxe nenhuma novidade, nem
precisava, eu gosto do jeito que ele é mesmo. Teve tudo de que precisava para
ser bom: mágica, dança, palhaçada, acrobacia, malabares, globo da morte. Ao
final, perguntei a cada uma do que mais haviam gostado, as meninas responderam
primeiro (das mágicas) e pensei que minha pequena fosse dar a mesma resposta,
mas foi segura em dizer “Daquela moça, que dança, que dança assim, lá em
ciiimmmmma” a trapezista.
A mão na boca (buáááááá) |
Marina ficou atenta a tudo que teve a ver com dança e nos
momentos de suspense das acrobacias ela comentava “Parece que vai cair, né,
mamãe?” “Vai cair, mamãe?”. Essa noção de que aqueles movimentos podem resultar
em queda não é tão simples como parece, é um pensamento resultante de reflexão,
tipo causa-consequência, e fico muito satisfeita quando percebo que minha
pequena anda pensando sozinha. Sei
que toda criança faz isso, mas como não estou sempre com ela e sei que crianças
crescem rápido acho fantástico quando presencio suas aquisições ou pelo menos
as manifestações delas!
Ao fim, esperando o Papai, que estava ... vendo jogo, claro! |
2 comentários:
Me lembro de algumas "raras" vezes minha mãe ter me levado ao circo,gostava muito dos malabares. é uma delicia ver a felicidade de nossa cria e melhor ainda ver e sentir que ela está crescendo em conhecimento,se indagando,isso é importantissimo...
minha pequena começou agora a falar pequenas frases,e parece que fico n mundo da lua quando ela fala,cada fase dela para mim é e será um eterno aprendizado.
Beijos flor!!!
Que dia maravilhoso...beijos
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