terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Uma caixa de recordações - a vida

Com sua luvinha de bebê

Todas as crianças que conheci gostavam de ouvir histórias sobre quando eram "pequenininhas". Minha família materna é pequena e Marina só tem contato com bebês em nossos passeios ou festas. Ela toca, alisa, "carinha", gosta do cheiro.
Na semana passada retirei de seu roupeiro os álbuns com suas fotos - não cabem mais em lugar nenhum, preciso rever isso :-) Aproveitei o momento e fui mostrando a ela, que antes não se interessava muito pelo assunto, mas agora olha, pergunta, quer saber sobre a roupa e porque estava sorrindo, onde estava o pai ou eu naquele momento.
Hoje descobriu um pacote onde guardo lembranças como as primeiras luvas e primeiros sapatinhos, o vestido presenteado por um amigo distante, mantas, coisas assim e está lá, retirando, olhando, tocando, tão encantada. Acabou de vir pedir para que eu desse o laço nas luvas.
É uma viagem deliciosa, que está começando agora e creio que seguirá até o final da vida. Como se fosse nosso movimento natural, o mesmo das ondas: avançando...recuando...avançando...recuando. No recuo, os cheiros, as recordações, algumas coisas que podemos tocar e nos levam para outros tempos e lugares, e não sei que poder isso tem, mas parece nos tornar mais fortes, tranquilos, seguros e nos permite ir avançando, seguindo...

2 comentários:

Futura mãmã disse...

Creescida que ela esta =)
beijo

Stéfany disse...

Post massa! :)

Engraçado isso, né? É como se através dessas histórias que nos contam, sobre uma época que não lembramos, ficasse formado em nós quem somos e o que representamos dentro do ambiente em que vivemos.

Visitei parentes recentemente. Quando encontrei os paternos, ouvi que eu parecia com uma prima que não tenho proximidade alguma. Dos maternos, ouvi que eu lembrava meus primos, os quais, apesar de queridos, não vejo semelhança. Saí dos lugares prendendo o riso e sem levar as comparaçoes a serio. É como se aquilo não fizesse sentido, uma vez que como parentes distantes, aquelas pessoas não me conhecessem a fundo para dar palpite sobre minhas características.

Acredito que deve ser assim com Marina, de uma forma positiva. Ela ouve que lembra muito a Nana, e acho que gosta disso. Nana é a irmã mais velha, legal, que mora em outra cidade e vem sempre visita-la, e ainda traz o namorado, que é outra pessoa querida para Marina. Ela se identifica.

Acho que a gente busca isso. A semelhança com alguém especial, saber que veio num momento legal e foi bem recebida. Relembrar das manias e dos gostos... Afinal, que credibilidade vai ter futuramente um sujeito que não conhece a si mesmo? rsrs.

Eu penso que é isso que buscamos durante cada mergulho e retorno a superfície em busca de ar: um porto. Sempre que pergunto lá em casa com quem me pareço, ouço do meu pai que sou a cara da minha mãe, e da minha mãe, escuto que sou identica ao meu pai. No meio disso, sigo rindo das histórias que me contam de uma época em que minha maior responsabilidade era comer toda a comida e não perder a hora do desenho! kkkk beijão!