quarta-feira, 12 de junho de 2013

Filme: Escritores da liberdade

Pois é, na última postagem sobre filmes eu estava naquela fase bem surfista ...sóóóóóó. Persisti, mas tinha um filme sugerido pelo professor de Sociologia então loquei dois. O primeiro, o light, putz! nem Marina ia suportar, parei nos primeiros 20 minutos, também não estou tão assim. Passei para o “cabeça” mesmo, Escritores da Liberdade. Pow, minha praia, aí foi que surfei!
Hilary e Erin, a personagem principal

Hilary Swank é daquelas atrizes que eu assisto em qualquer filme. Estão com ela: Rachel Weisz, Katie Winslet, Juliet Binoche, Kate Blanchet, Natalie Portman. A Hilary nem precisa falar, surge uma veia bem no centro de sua testa e dali você já sabe que vem um vulcão de emoção, que pode jorrar dum olhar, dum fechar de olhos, dum “nada” inesperado!

As pessoas que viveram a história e Hilary. Daqui

A história não é dessas que você acha impossível de acontecer, acho até que seja corriqueira no Brasil. Ela é uma professora que quer trabalhar e esbarra num sistema de ensino que não acredita que aqueles jovens podem aprender. Ela acredita e segue em frente. Tem um lance de fim de casamento que não ficou muito claro para mim se teve a ver com a dedicação dela ao trabalho, mas a tônica machista indica que sim. Jovem casal, sem filhos, mulher dedicada à carreira mesmo que não seja rentável...já viu. Mas, como eu disse, não fica tão claro, posso estar errada, apenas citei porque aparece no filme como um momento muito importante, sofrido e no qual o apoio paterno surge com a admiração que ela sempre quis receber.
Ao que se percebe facilmente, ser professor nos Estados Unidos não é diferente de sê-lo no Brasil. Uma frase de seu pai explica o que digo: “Você é inteligente, poderia ser o que quisesse e vai fazer ‘isso’!!!”. A atuação do pai é ótima e a dos estudantes também.
Erin e o livro
A história toda me fez refletir na eterna dureza da vida para quem já vem de origem sem recursos. Recursos materiais, carinho, orientação ética, cuidados básicos, enfim, aquilo que Winnicott chamou de receber de “uma mãe suficientemente boa” não se referindo necessariamente à mãe, mas à pessoa que cuida.


Erin, seu sorriso lindo e o colar de pérolas 


Baseado numa história verídica, tem um lance com o colar de pérolas da professora - tão sutil - que me fez admirar muito a direção do filme. A meu ver deveria ser amplamente assistido e discutido nos cursos formadores de professores e dentre os professores já atuantes. #ficadica.

Um comentário:

Luma Rosa disse...

Oi, Patrícia!
Faz tempo que assisti esse filme e ele é muito bom! Ele nos alimenta de sentidos. Ensinar o caminho da esperança é a mais preciosa das lições.
Quando a educação parte da realidade do aluno, o efeito é outro. Mas para isso o professor precisa ter desprendimento, tolerância e ausência de preconceitos.
Muitos professores ainda precisam de educação sentimental.
Bom fim de semana!
Beijus,