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Em manifestação de abuso, By Nana |
Eu poderia usar mais umas cinco palavras para tentar entender
(explicar) o comportamento da Marina, mas a melhor é FASE. Todos dizem que é
fase, inclusive a professora, que afirma que ela “está ótima, tranquila!”
Há algumas semanas Marina foi tão malcriada (sim, foi isso
mesmo) que virou o prato à hora da refeição. Mas não parou por aí, jogou também a
lancheira, a caminho da escola e quando pedi que pegasse, empurrou-a para mais
longe. Isso foi bem na escala do nosso prédio e Paulo, que vinha atrás e não
sabia o que tinha acontecido, simplesmente pegou a lancheira, a Marina e
resolveu o assunto. Quando contei o que houve ele disse que resolveria quando
voltasse da escola, senão eu perderia o horário do trabalho e tal. A menina
virou uma seda! Seda dupla-face, comigo e com o pai, seu principal alvo. À
noite coloquei o CD Estrelinhas e cantarolei “Se essa rua fosse minha” enquanto
arrumava a mesa para o jantar.
Minha pequena Seda ouviu, aprendeu a canção e
quando o CD terminou ficou cantando e olhando para mim. Eu simplesmente adoro
essa música e fiquei completamente derretida quando vi minha bonequinha toda
atrapalhada cantando-a para mim.
Marina ficou tranqüila por uns dias e vez por outra tem um
chilique, mas nada comparado àquele episódio, Deus me livre! Fiquei arrasada
durante dias, me perguntado “onde foi que eu errei?”. Acho que nunca paguei
tanto a minha língua como faço desde que sou mãe. Esse drama em torno da birra
da Marina em outros tempos eu consideraria coisa de mulher insegura e
acabou-se. Acho que não me enquadro no perfil de Mulher insegura e nem mãe
culpada, mas acho que daria uma boa Mãe
insegura. Juro que pensei mesmo a frase “O que foi que eu fiz, meu Deus!?”,
passei um dia arrasada, chorei antes de dormir...olha o drama! Só melhorei
depois que conversei com Paulo e ele disse que havia conversado com a
professora e esta disse que é assim mesmo, coisa de “fase” (olha ela aqui).
No meio do ano comprei uma edição da Revista Crescer que
trazia esse assunto na capa, procurei, reli, busquei na net e não fazemos nada
diferente do que está ali, mas as coisas não dão sempre certo e estou
vendo que é assim mesmo, que não é receita de bolo e, aliás, nem sempre seguir
a receita faz do bolo um sucesso.
A única certeza que temos é de que nos dedicamos inteiramente à
criação dessa menina, não para que ela seja perfeita, mas para que não lhe
faltem boas ferramentas para se tornar uma boa pessoa. E ser birrenta e
malcriada não entram na definição de “boa pessoa”. De jeito nenhum.
PS: ESTA POSTAGEM FOI FEITA EM AGOSTO, MAS FICOU PRESA NO RASCUNHO (NÃO SEI PORQUE). NO ENTANTO, A FASE PERMANECE, VIU?
PS: ESTA POSTAGEM FOI FEITA EM AGOSTO, MAS FICOU PRESA NO RASCUNHO (NÃO SEI PORQUE). NO ENTANTO, A FASE PERMANECE, VIU?
2 comentários:
Rs uma fase duradoura...mas logo passa vai ver... ;)
Beijo
lembro-me bem desse dia. rs
mas vamos acreditar que seja mesmo uma fase ne? mesmo que longa!
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