segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Porque imprimo as fotos

Captada por papai
Marquei de encontrar com uma amiga num hipermercado, ela compraria umas coisas e eu revelaria umas (+200) fotos. Essa é daquelas amigas que faz a gente pensar, sabe como é? E lá pelas tantas, perguntou, desse jeito, como que voltando a um assunto que havia sido interrompido:
- Massssss...por que é que você revela as fotos?
- Porque no computador eu não olho.
- Ah! (Um sorrisão lindo) Eu olho, neh Lalá? (voltando-se para Laís, a filha de 4 anos) Olho e mostro à Laís, ela goooostaaaaa...
Mentira minha, que eu olho no computador sim, mas na hora foi o que me ocorreu e pronto. Foi uma pergunta profunda demais, que não caberia pensar a resposta ali entre o balcão e o caixa.
Trouxe-a a para casa e estou com ela há duas semanas. A resposta mexe com muitas questões que me são caras como espaço físico, desperdício de uma porção de elementos, meio ambiente, ambiente físico versus virtual. Minha amiga tem desses padis/pédis/pódis com ótima definição, além de notebooks e coisas assim. Tenho um celular que é ótimo: manda/recebe torpedos, faz/recebe chamadas e ainda por cima tem agenda! Um só chip, é ló-gi-co! Então, o caso é que Patrícia (a minha amiga-xará) não perde as imagens e tem acesso a elas muito mais rapidamente do que eu, que se quiser ver meus arquivos vou sempre precisar dos álbuns ou de um micro, precisarei de net ou de meu MP4 (ohhhhhh).
Pois então eis que hoje, agorinha mesmo, acabei de fotochopear as últimas 248 fotos deste ano. Vou revelá-las assim que voltarmos da viagem de férias. Nestas duas semanas de reflexão comprei dois álbuns e fui lá arrumar as fotos, arrumando, Marina tirando, rearrumando, Marina bagunçando, eu desistindo, Marina adorando...aí vi que adoro isso. Adoro pegar nas fotos, colocar nos álbuns, pensar se organizo por evento ou por data, adoro selecionar, descartar, dar algumas de presente, mudar as dos portarretratos. Mas adoro ainda mais fazer os textos que acompanham as coleções de fotos. E também gosto de escolher os álbuns, prefiro os rústicos, com material reciclável, lindos e caaaaaros. E, é ca-la-ro, adoro deitar com Marina em "nossa" cama e ir mostrando e contando histórias, ir lembrando de coisas que nem estão escritas e ela me mostrando imagens que eu nem havia percebido.
Como diria Caetano, amo desse "amor táctil" e é por isso, Patrícia, que revelo as fotos. Muitos beijos em você, que me faz pensar, coisa que me é tão cara e prazerosa!

6 comentários:

Cintia Fernandes disse...

Ai amiga tbm amo revelar fotos. Muito embora olhe direto no computador as fotos, amo revelar. Amo tocar e relembrar tudo que aconteceu naqueles dias. Parece que olhando as fotos no pc, a memória não funciona tão bem né? Já tenho mais de 200 fotos pra revelar, mas estou esperando aparecer uma promoção dessas de groupon pra revelar. Porque a grana tá curta. Mas os álbuns já estão aqui comprados e vazios, só esperando pelas imagens impressas.
xeroooo amo seus textos. amo vc

Stéfany disse...

Adorei o tema e coincidentemente também tenho pensado nele. Semana passada vi uma senhora com uma embalagem da fujifilm nas mãos, organizando um álbum, e fiquei com uma sensação agradável de surpresa. Há tempos não via esse "costume" que era tão comum na minha infância. E que legal que era! A gente escolhia um filme de x poses, fazia a foto com toda concentração possível (já que não havia a possibilidade de apagar, o ideal era tentar fazer bem feito), geralmente só utilizava em datas comemorativas/especiais(hj em dia parece que a foto serve como uma espécie de "prova" de vida social agitada pra ser estampada nas redes sociais) e depois morria de ansiedade até elas serem reveladas. Lembro muito de ir com minha avó/tia ou mãe revelar as fotos e ficar ansiosa pra ver o resultados. Agora com a instantaneidade da imagem, da pra fazer 100 fotos e nao guardar nenhuma.
Eu também adoro revelar fotos, e acho que isso vem justamente do costume que me foi passado e das lembranças que tenho. Hoje em dia revelo menos do que gostaria, pq posso arquivar as fotos em pen drive, no computador, e juntar por bem mais tempo, por não ter que trocar sempre de filme... Mas, percebi que eu tb preciso revelar aqueles momentos que considero especiais, sabe? Eu revelei mil cópias da foto com o Gessinger e Duca e da nossa viagem inteira, rsrs. Revelo fotos de todos os momentos que tenho com minha família e amigos. É como se no pedaço de papel colorido vc pudesse carregar sempre um pedaço do momento. Basta abrir o album e a memoria te traz alguma coisa boa referente ao instante passado. Na tela do computador eu não sinto isso... Talvez seja pq a imagem está sempre nova, não tem a chance de envelhecer, amassar, criar toda aquela marca feita pelo tempo que te faz compreender que aquilo é uma recordação bonita do passado.

Futura mãmã disse...

Gostei da sua ideia rs
Beijo

sheR disse...

Olha eu tbm estou com planos de revelar umas fotos do gustavo, o que sempre me faltou foi (dinheiro) tempo!!
Eu quero fazer um scrapbook que esteja sempre ao alcance, que a gente possa tocar, ver, comentar... porque no pc, cada qual ver em sua casa, e o papelu nao, a gente conta a historia, pega...
eu tbm imprimo minhas ftos
olha, sumí pq meu blog deu zica e apagou os blogs q eu seguia, vou seguir-te de novo e torcer pro belezão na excluir novamente ok?

bjO

Patrícia Santos Gomes disse...

Oie, gente! Adorei os comentários! SheR, seja bem-vinda sempre e feliz 2012, querida!
Bee, que saudadona!
Teteú, abalou, viu? Se eu soubesse que ia te inspirar, tinha proposto uma blogagem coletiva :-)
bjus mils

Lets disse...

Eu amo fotos impressas. Tem um valor todo especial.

Um beijo e ótima semana,
Lets