domingo, 1 de abril de 2012

A nova escola da Marina

Nunca mais falei nisso aqui, neh?
Mas o trem andou e não saiu dos trilhos. Devo ter demorado umas 3 semanas até finalmente encontrar tempo-emocional para falar com a coordenadora pedagógica. No meio desse tempo uma noite cheguei em casa, depois de um dia de cão e Paulo estava reclamando da lancheira suja, que era a segunda vez que a professora não cuidava disso, falou do pai duma aluna que deixava a piveta ficar no pula-pula e Marina tbm ficava querendo ir, esta ainda de farda/suada-cheirando-a-vinagre.
Selinho no marido...
- Vamos tomar banho com a mamãe?
- Não queeeeeerooooo!!!!!
- Tá bem, eu tou indo viu? (Ela sempre faz isso e qdo escuta o chuveiro já chega lá pelada)
Quando Marina abriu a porta do box encontrou a mãe choirando, chorando, mas chorando tanto! Sabe aquele choro mudo, que vc quer esconder até do travesseiro? Daí a tua cara fica inchada em 5 segundos, os olhos totalmente vermelhos e as lágrimas descontroladas?
Marina olhou, não me disse nada, nem piscou, dois segundos depois
- Mamãe? PAPAAAAIIII, vem verrrrrrr.......
Aí desatei naquele choro de enterro, sabe qdo vc perde um parente próximo e não se preocupa com o escândalo, porque aquele e só é aquele é o momento de fazer aquilo? Eu só chorava, chorava e qdo consegui falar eram coisas do tipo:
- Eu sou uma miserável, desgraçada, que trabalha desde os 16 anos e não consegue dar uma escola que preste pra a filha!!!
Mais drama, impossível. Isso durou quase uma hora, eu acho. Jantei parecendo um zumbi e fui dormir repetindo frases desse tipo aí descrito.
No outro dia Paulo conversou com a professora, se entenderam quanto à lancheira e outros assuntos e assim que saiu da "reunião"com ela me ligou para dizer que estava tudo bem, que não me preocupasse, que ficasse em paz.
Melhorei, mas só relaxei mesmo depois de conversar com a coordenadora. Ela explicou o método que usam, porque a crianças traz poucas tarefas, pq ainda não tinha enviado o programa quinzenal de atividades, explicou como o maldito módulo é utilizado e percebi então que pelo menos ali ele não é usado como cartilha a la anos 70. Ela me garantiu que a cultura local (não gosto muito do termo cultura popular) é considerada nas atividades, falou que houve projeto sobre o Carnaval, sim. Enfim, todas as minhas dúvidas foram esclarecidas, assim como pude explanar meus medos e demandas em relação à formação de minha pequena.
Além disso, percebi que Marina está mais integrada, conhece os coleguinhas pelos nomes, características pessoais, conhece os nomes d@s funcionári@s da escola, além das de sua sala, chega cantando musicas novas quase todo dia (como era antes e eu tanto gostava). Enfim, continuo atenta, é claro, mas mais relaxada.
Noutra postagem - pq esta ficou grande - conto um causo do Dia da Mulher x meu preconceito com a escola

Um comentário:

Futura mãmã disse...

Ainda bem que vc ja esta mais relaxada cm tudo isso..bjp