domingo, 12 de maio de 2013

Livros infantis + bela orla + alguns questionamentos


Lançamento dos ganhadores do concurso Coco de Roda
Quando pensei em fazer este texto relutei tanto, mas tanto, e tudo por causa de minha amiga Bee, que diz que eu só vejo o lado ruim de tudo. Eu não diria que sou assim, mas que sou observadora...detalhista...crítica...e tenho um blog. E quem tem blog é porque gosta de falar, né?

Pois então, lá fomos nós para o lançamento da coleção. Uma pequena cabana com duas mesas e cadeiras de plástico dividiam espaço com o algodão doce e a pipoca (tudo grátis). As mesas eram para os livros, os escritores, os leitores, os fotógrafos, os jornalistas, os pais, as mães, os curiosos e as crianças. 

Ao lado, um trailer com um palco montado e um grande toldo à frente eram reservados para as apresentações e leituras dos livros ali lançados, bem como para a plateia, que a meu ver foi de bom número!
Assistimos à apresentação teatral baseada no livro Embolados, que foi muito boa! Depois disso um ator fez animação com a plateia de igual qualidade e logo após entrou a animação para as crianças.
Apresentação teatral esplêndida do livro...


Então! Aí chegaram aquelas pessoas denominadas palhaç@s, vestidas com roupa de cetim quentepákct que sempre me fazem lembrar das cortes e seus bobos...
Vejam aqui o significado, não deixem de ler!


... que (reza a lenda) acabaram na Europa lá pelo século XVII. Mas, pow, pra quê deixar morrer uma cultura tão boa, tão nossa, tão...nadaver :-/

Detalhe: a coleção Coco de roda é o resultado de um concurso promovido pela imprensa do Estado de Alagoas que premia livros infantis que falem da cultura alagoana.

Voltemos aos palhaç@s da corte bizantina, que usavam microfone e cantavam junto com o CD de Patati Patatá (alguém precisa de link para saber quem são?). Chamaram mães e pais e crianças e formaram uma coisa que deveria ser uma roda, coisa na qual não conseguiu se transformar até sairmos do evento. 
Quando a roda estava (de)formada começou a música \o/ ATIREI O PAU NO GATO-TO, MAS O GATO-TO ... ao som do Patati Patatá, é claro, afinal de contas, sem eles, como a gente conseguiria cantar e rodar? 

Daqui

Não sei vocês sabem, mas ciranda é uma das danças mais nordestinas deste mundo, é unanimidade entre as crianças e dentre os brincantes de folguedos. Quem consegue ir ao alto da Sé em Olinda e não ver as cirandeiras? 
Mas, sabe, acho que ao som eletrônico, sei lá, vai que não tem pegada. Não teve. Havia espaço para formarmos uma roda imensa, com todo mundo cantando essa e outras cantigas de roda, mas a coisa ficou assim como na roda e as crianças com a cara da minha, aquele anjinho dentro do coração amarelo que devia estar pensando “quécôtôfazendaki?”

De um site, que não achei mais para indicar o link :-(

As duas setas mostram @s palhaç@s-bobos-do-arremedo. Ainda que fosse uma homenagem ao Movimento Armorial e tals, mas não era isso, juro! Reparem as carinhas das outras crianças.

Obviamente nem tudo são espinhos. A rua estava parcialmente fechada, havíamos levado a bike da nêgaRina e fomos lá passear.

Sabe Vinícius de Moraes? Ele não sabe, mas estava prevendo esta cena quando começou a cantarolar “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça é essa menina que vem e que passa...”. 

Por detrás dessa menina que vem e que passa há umas motocas para aluguel. As motocas são elétricas, acho. Sei que as crianças não precisam mover um músculo para fazê-las andar. Fiquei observando um tempão e se não tivesse que correr atrás da minha pequena imagino que poderia ver alguém teleguiando os carrinhos. Penso que as crianças devam sentir-se adultas, afinal crianças gostam disso, né? Mas...ainda acho uma escolha duvidosa. Ainda prefiro tombos de bicicleta ou corridas atrás de pombos ou subir e descer a grama escorregando ou implorar para ficar descalça e pisar a areia para depois pedir e implorar para entrar no mar.

Bom, a chuva atacou e fomos para casa. Era domingo! Vamos brincar! Pintamos as unhas com diversas cores para provarmos que as cores, quando misturadas, se transformavam – e para que eu tivesse uma justificativa tranquila para depois retirar todo o esmalte.
 
E mais tarde, quando estávamos no banho, minha pequenina abriu os braços, criando um chuvisco de água e sabonete, e gritou: 
“Que dia feliz! Que dia mais feliz do mundo, não foi, mamãe!?” Gargalhei com a felicidade dela e a minha diante da sua, de nossa cumplicidade e por saber que aquilo tudo se devia ao fato de estarmos compartilhando ideias, brincadeiras, horas e horas de exclusividade mútua.
E, é claro, quando lembro disso, eu choro J
“Ah, se ela soubesse que quando ela passa o mundo todinho se enche de graça e fica mais lindo por causa do amor...”





2 comentários:

Luma Rosa disse...

Os adultos querem inovar tanto e acabam por desgastar aquilo que deveriam usar como manda a tradição. Ser criança, muitas vezes não é fácil!! Mas no final, sentem-se aliviadas por que acabou e simplesmente esquecem! E volta a alegria a imperar!! :) Feliz dia!! Beijus,

Patrícia Santos Gomes disse...

É isso mesmo...acho que as crianças ficam lá com cara de Monalisa, pensando: "daqui a pouco cansam, daí eu brinco" :-)