domingo, 6 de abril de 2014

O dia em que meu corpo voltou a dançar \o/


Algumas pessoas acreditam que "passam seus sentimentos para o corpo" e eu não vejo diferença entre sentir com alma, corpo, mente e tudo o mais que há em mim. Assim sendo, instalada a crise parei imediatamente de usar salto, pois não conseguia me equilibrar.
O técnico de segurança no trabalho, um pitbul à caça de colegas doentes para mandar para casa perguntou-me certo dia:
- Você tá mancando ou é impressão minha? Foi aqui? Tá de salto?
- Não estou mancando, mas você é muito sensível. Estou desequilibrada. E não estou de salto.
Neste ano somente no dia 08 de março (coincidência, não?) fui à aula de dança do ventre e nem consegui ir até o fim, não conseguia me equilibrar, Marina me desconcentrava, sentia-me toda desconjuntada. A partir dali passei a prestar mais atenção em meu corpo e seus sinais. Toda segunda-feira eu dizia para mim mesma: essa semana eu volto! Mas nunca chegava o dia, o que não me causava frustração, apenas não era o dia e pronto.
Foi ontem!
Voltei a dançar! Fiz uma aula completa. Infelizmente com outra professora, desta vez com espelhos e eu já tão acostumada a dançar sem eles várias vezes me peguei de olhos fechados para conseguir acertar os passos, sendo "acordada" pela voz desconhecida da nova professora:
- Patrícia...Patrícia? Olhe...assim, veja...olhe no espelho...
"Mas aprendi a olhar para dentro" eu queria ter dito. Não disse porque ela é a professora e o formato agora é outro e vou aprender a olhar para dentro com o espelho à minha frente :-)
De volta à casa fiz as sobrancelhas e comprei um vinho para comemorar comigo mesma meu delicioso retorno!
Imagem daqui

2 comentários:

Unknown disse...

Querida Patricia
Muito bonito e tocante seu texto. Muito obrigada por compatir. Desejo muita força para manter seu equilibrio lembrando que a iniciaçao moderna é esta mesmo: Estar como numa prancha de surf tentando se equilibrar em cima das ondas e movimentos.
Bjs
Rosa

Ana disse...

Essa coisa do espelho é ruim mesmo. A gente fica viciada em ver o corpo sem senti-lo. E daí só vê a forma e não a essência do gesto, do movimento.
Um dia você explica isso pra nova professora...
Feliz com seu retorno!