Quando saltei do ônibus, em frente a um bosque denso e ao som de buzinas e motores às minhas costas, olhei para o céu procurando a lua.
Sem lua.
Céu escurecendo.
Logo, céu escuro.
E onde está a lua prometida para hoje?
Passo a passo, dentro da absoluta inexistência pertencente aos caminhantes em meio ao trânsito, meu pranto gritou! Olhos formando diamantes onde houvesse luz, soluçava sem pudor com o corpo inteiro acompanhando.
Meus ombros saltavam com a liberdade de ser ninguém.
Como sangue de parto, que escorre com força e sem resistência, chorei.
Dizem que alguns sentimentos implodem, enquanto outros explodem...e avalio a total impossibilidade de tal acontecer comigo. A implosão requer a entrada de algo estranho (o explosivo) em mim, o que não permito. A explosão, essa destrói tudo - além de mim - o que jamais faria.
O máximo que consigo é chorar atravessando a faixa branca, enquanto a vida é só minha.
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