sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Você aqui

"O abraço", obra de Gustav Klimt



O que seria viver no passado se teu cheiro ainda pousa em minhas entranhas? Se é aqui, ao lado do meu rosto, que sopra a tua voz falando não-sei-bem-o-quê-depois-eu-penso-nisso? Vivo no presente com tua presença, não com tua lembrança.

Meu sono, antes muito leve, agora é pesado e tranquilo. Um hiato apenas, diariamente à espera daquele milésimo de segundo entre acordar e abrir os olhos, quando revejo você esperando meu despertar.

É tua a voz na música “Canto uma canção bonita, falando da vida em Ré Maior...” não importa o que outras pessoas estejam ouvindo.

Reparo a lua todas as noites, quero estar próxima ao mar com mais frequência, meu apetite se expandiu por encostas desconhecidas, sorrio para minha alma constantemente, viajo...viajo...viajo...
                                                    só para deitar em teu ombro 
                                                                          e morrer em teu abraço.

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