domingo, 19 de agosto de 2012

O LIVROZINHO: AMOR LÍQUIDO – ZYGMUNT BAUMAN


Amor Líquido é um livro em quatro capítulos e 84 páginas. Um livrozinho. Tipo Chaplin sendo chamado de atorzinho ou diretorzinho por ser de baixa estatura. Pois então, terminei o livrozinho de Bauman!
Recebi-o das mãos de Stéfany, companheira do blog Abracabessa e de infindáveis conversas sobre amor, “modernidade”, família, enfim, tudo exceto futebol, de que entendo lhufas e ela adora!
Quando conheço um novo autor e gosto dele vou grifando, deslumbrada...frases, orações inteiras, falas diversas logo de cara. Depois, com o coração já desacelerado, tenho consciência de que o encontrarei noutros livros (virei fã) e então os grifos são mais comedidos. Carinhas J L :-/ :-O símbolos ?? !! ?! @#$ perguntas e questionamentos transformam o novo autor em velho amigo para quem “meio traço é letra”.
Lucidez é um traço comum a bons filósofos e sociólogos, mas juntar isso a uma fala fluida, ágil, ácida e irônica faz de Bauman uma leitura muito atraente para quem ocupa os pensamentos com as coisas do que chamamos “atualmente” e ele de “sociedade líquida” ou pós-moderna.
É como se estivéssemos andando num castelo medieval e ele fosse caminhando à minha frente, sempre falando, enquanto abre várias portas, fingindo ser aleatoriamente. Vamos seguindo e deixando as portas abertas. Vento, poeira e folhas amareladas entrando, o sol iluminando tudo e fazendo sombras, dando tons e meio-tons onde tudo era cor sólida. As nossas pisadas, que eram antes os únicos sons que se ouviam, agora estão sumindo e o castelo é festa de cantiga de pássaros, de roçar de copas de árvores, do uivo frio do vento que entra já buscando saída. À voz de Bauman seguem-se os sons que entram pelas portas abertas por ele, seguem-no o vento, as folhas, a luz e agora eu...

Um comentário:

Paulinho Alma disse...

Belíssima definição. É assim mesmo que a gente se sente quando lê Bauman .