Após um mês fora da
escola conseguimos organizar as coisas para Marina retornar à sua rotina. Nossa
pequena não reclamava, embora percebêssemos nas entrelinhas as saudades que
sentia das amigas – e do “melhor amigo” capítulo à parte.
A organização:
o pai leva à escola, eu pego. O problema: só chego atrasada, pois
trabalho noutra cidade e pego o trânsito no pior horário. A solução:
paguei a uma pessoa que Marina adora para ficar com ela na recepção da escola
até eu chegar, só para ela não ficar sozinha com @s funcionári@s.
Imagem daqui |
Inicialmente,
ela fez a maior festa, depois começou demonstrar nervosismo e dizer que não
podia ser assim, que tinha que ser eu ou seu pai:
- Mãe, você não
entende. Ela não é você. Ela não é o meu pai.
- Meu amor, vocês nem
vão sair da escola, ela só vai te fazer companhia...
E minha filhota ficando
mais e mais agoniada.
- Mãe, só quem pode me
levar e pegar na escola é você ou meu pai, entendeu?
- Não, Marina, não
entendi...
- Porque vocês são um
casal. Ela não é um casal. Ela não é um pedaço de mim, você entende?
- Tudo bem, meu amor, eu morri entendi, não se preocupe, a gente dá um jeito.
2 comentários:
Poxa... Sem palavras! Tão pequenina para entender tudo o que está se passando, mas tão desejosa dos pais estarem juntos. Vai demorar essa adaptação e vocês terão que ter um certo traquejo emocional.
Beijus,
É isso, Luma! Aos poucos estamos nos habituando à nova realidade e tenho muita sorte (bênção) por ser mãe duma criatura que sabe verbalizar tão bem o que sente. Numa situação de crise às vzs deixamos ver as mensagens não verbais d@s pequen@s e acabamos machucando sem querer.
Os adultos somos nós e esse é o foco, o problema é nosso e precisamos fazê-la sentir-se mesmo nessa situação.
Grata pelo afago.
Beijos
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